Brilhante Dias rejeita divisão sobre lucros extraordinários. PS está preocupado com "justiça fiscal", mas remete para UE
Na TSF, o líder parlamentar dos socialistas volta a defender uma solução concertada para os Estados-membros para a energia e assegura que o partido não vai normalizar o Chega.
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Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, recusa que exista uma divisão na bancada do partido face à eventual criação de um imposto sobre lucros extraordinários para taxas as empresas que dos grupos económicos do setor da energia.
"Não vi grande divisão. Bem pelo contrário - a análise que é feita é consensual", assegura em entrevista à TSF. Para o PS a justiça fiscal é um elemento central da justiça social, e nós somos um partido da justiça social."
O líder da bancada socialista destaca que o Governo já "enxugou" grande parte dos lucros excessivos na eletricidade com o mecanismo ibérico e "fê-lo também no gás quando permitiu aos consumidores passar do mercado livre para o mercado regulado".
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"É nossa responsabilidade dar um sinal claro que ninguém tira vantagem desta circunstância", assegura Brilhante Dias, resta saber como.
"Mantemos todas as vias em aberto", mas o ideal seria alcançar uma posição concertada na União Europeia para o conjunto dos Estados-membros, reitera.
Questionado sobre o alerta do Presidente da República para os riscos que corre a democracia, Eurico Brilhante Dias assume que está entre as preocupações dos socialistas.
"Dizer que está tudo igual no hemiciclo em São Bento seria mentir. Não, não está tudo igual. Há uma força de extrema-direita, antissistema democrático que tem tentado, e muitas vezes conseguido, dentro do hemiciclo, perturbar o normal funcionamento com intervenções que estão completamente fora do padrão parlamentar e com propostas que violam a Constituição."
E garante: "Para nós é evidente que a violação da Constituição não é nunca uma opção."