Bruxelas não tem dúvidas acerca do impacto económico do coronavírus mas recusa dar uma estimativa concreta das consequências do Covid-19 no PIB da União.
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Bruxelas avisa que a economia europeia vai ressentir-se do coronavírus. Questionado pela TSF sobre o impacto da epidemia, o diretor-geral do Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão responde com poucas dúvidas: "É claro que vai haver um impacto" afirmou o holandês Joost Korte, numa conferência de imprensa em Lisboa convocada para falar do relatório sobre a "transição justa" para a economia verde e digital.
"Muitas das nossas linhas de fornecimento, e em particular as que têm origem na China são influenciadas por isto", continuou, acrescentando que "várias companhias chinesas importantes fecharam ou reduziram a força de trabalho". Este fator, garante o diretor-geral, vai ter consequências: "as nossas fábricas, que estão muito integradas na economia chinesa, vão sofrer um impacto".
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Joost Korte recusa colocar um número nesta ideia: "é muito difícil dizer quão grande vai ser", explica, antes de acrescentar um segundo fator: "as pessoas vão adoecer. Existem estes dois fatores, mas seria especulação avançar um número".
O responsável europeu recorda ainda que "no último grande vírus a vir da Ásia - o SARS, no final dos nos 90, há 20 anos - a China valia 4% da economia mundial, e agora vale 18%". um crescimento que "dá a ideia de que o impacto vai certamente ser maior", disse.
Joost Korte elogiou no entanto o papel das autoridades de saúde dos Estados-membro no combate ao coronavírus.