
Rui Oliveira/Global Imagens
A Comissão Europeia propôs esta quinta-feira a criação de uma reserva de meios próprios da proteção civil da União Europeia, com aviões de combate a incêndios e bombas de água especiais.
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No ano em que vários países da União Europeia (UE) foram atingidos por um conjunto de catástrofes, nomeadamente em Portugal, o comissário europeu para ajuda humanitária e gestão de crises, afirma que o atual sistema de proteção civil carece de melhorias por estar obsoleto.
"A nossa resposta aos desastres naturais está baseada em contribuições voluntárias", notou Christos Stylianides, considerando "difícil para qualquer Estado-Membro ajudar se ambos enfrentarem risco de desastre ao mesmo tempo".
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Por isso, o comissário propõe um mecanismo europeu, que complemente a vertente do "salvamento", o que "significa que nenhum país europeu ficará sozinho para enfrentar incêndios florestais, cheias, furacões, tremores de terra [ou] epidemias".
Christos Stylianides esclarece, porém, que o sistema europeu não irá substituir os meios nacionais, tendo em conta que "a primeira responsabilidade para a preparação e resposta aos desastres naturais permanecerá com os estados-membros".
Sem quantificar, o comissário promete apoio financeiro para que as entidades nacionais de socorro estejam motivadas para integrarem o mecanismo de proteção civil de coordenação europeia.
"Iremos aumentar os incentivos financeiros aos Estados-Membros para tornarem os próprios meios disponíveis para outros, no quadro do grupo europeu de proteção civil", assegurou Stylianides, prometendo também verbas europeias, tendo em vista mais eficazes, das autoridades nacionais, na prevenção.
"Os Estados-Membros devem melhorar as avaliações do risco e os planos de gestão do risco. E nós iremos definitivamente ajudá-los, através dos fundos estruturais, verbas para a agricultura e os fundos regionais. Iremos utilizar todos os instrumentos da União Europeia, para a prevenção e preparação de desastres, para ajudar os nossos Estados-Membros", defendeu.
O mecanismo que será criado virá a contar com meios próprios, havendo a "possibilidade" de através da proposta, hoje apresentada, "de aumentar os nossos equipamentos - Aviões, bombas de água. Podemos alugar novos aviões para aumentar os nossos meios europeus".
Questionado sobre as atuais condições salariais dos bombeiros, nomeadamente em Portugal, Christos Stylianides deu uma resposta evasiva, dizendo-se "orgulhoso com o que se conseguiu até agora. Conseguimos muito. Mas, tenho de admitir que o sistema atual não chega".