Más condições não permitem o trabalho dos mergulhadores. As 20h houve nova tentativa, mas as buscas subaquáticas pelo pescador ainda desaparecido foram canceladas e serão retomadas na manhã de domingo.
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"O vento diminuiu mas a corrente está muito forte. Não há condições mínimas de segurança para que se entre no navio", disse à agência Lusa Nuno Leitão, porta-voz da Autoridade Marítima
Cerca das 20:00, os mergulhadores da Armada foram ao local do naufrágio, numa lancha da Polícia Marítima, mas acabaram por retirar sem entrarem no arrastão. Nuno Leitão indicou que uma nova tentativa de mergulho e entrada no arrastão naufragado será efetuada domingo, cerca das 08:45.
As autoridades tentaram chegar junto do arrastão que está afundado, com recurso a mergulhadores, mas as condições do mar por volta das 14h não permitiram.
As buscas no interior do arrastão Olívia Ribau foram suspensas às 09:30, devido às correntes que se fazem sentir no rio Mondego e ao agravamento das condições climatéricas.
"A vaga passa por cima do arrastão, tivemos que parar com as buscas. Já não temos estofo da maré, está a correr muito mar naquela zona", disse à agência Lusa Nuno Leitão, porta-voz da Autoridade Marítima. No entanto, uma embarcação dos pilotos do porto da Figueira da Foz, equipada com sonar lateral da Marinha, está a fazer o "varrimento lateral" da zona do naufrágio, realizando uma espécie de radiografia do fundo do rio, "permitindo identificar possíveis ecos suscetíveis de serem redes, para [os mergulhadores] poderem vistoria-las para ver se não está lá ninguém emaranhado", explicou, aludindo ao corpo do pescador que ainda se encontra desaparecido.
Nuno Leitão disse ainda que a operação realizada na madrugada de hoje para tentar puxar o arrastão mais para o interior do rio, na zona da raiz do molhe sul, junto à praia do Cabedelinho, "para que as condições de mau tempo não se fizessem sentir tanto na embarcação", só permitiu movê-la cerca de 20 metros.
Cerca das 19:30 de sexta-feira foi encontrado, no interior do arrastão, o corpo de um dos pescadores que ainda estava desaparecido. Residente na Praia de Mira, o homem, de 44 anos, era o cozinheiro da embarcação. Na terça-feira tinha já sido encontrado um corpo e na quinta-feira mais dois. Dois outros pescadores foram resgatados vivos na terça-feira, dia do naufrágio. No arrastão Olívia Ribau naufragado na terça-feira passada, cerca das 19:15, à entrada do porto da Figueira da Foz, seguiam sete pescadores.