Os caçadores "atiram a matar". Consideram que se está a assistir à delapidação do património cinegético e que há falta de vigilância sanitária que pode levar a danos na saúde pública.
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Eduardo Biscaia, da Federação Nacional dos Caçadores e Proprietários (FNCP), garante que há doenças que estão a afetar os animais e que, nalgumas montarias, como a caça ao javali, muitas vezes nem há controlo veterinário.
"[Por vezes] Os javalis são portadores de tuberculose e não há a obrigatoriedade de que nas montarias haja um veterinário", revela.
Por isso, salienta a FNCP, há a possibilidade dos animais doentes entrarem na cadeia alimentar. Os caçadores garantem que já alertaram a Direção Geral de Veterinária para o efeito e querem ver alterada a legislação.
Quanto às variadas espécies de caça, que cada vez são em menor número, os caçadores pretendem vê-las preservadas.
"A caça é pública, é um bem nacional e deve ser o Estado a geri-la". Na opinião dos caçadores deverão implementar-se regras que todos possam cumprir, quanto à quantidade de espécies e ao tempo em que devem ser caçadas, para que se preserve o "património cinegético".
Numa carta enviada a todos os grupos parlamentares, a Federação Nacional de Caçadores e Proprietários e o Movimento de Caçadores + Caça denunciam ainda que grande número de Zonas de Caça Associativas e Turísticas obtêm lucros anuais de milhares de euros mas, segundo estas associações, não passam recibos aos caçadores, nem pagam impostos.