Na última década, houve um aumento na procura de apoio, sobretudo de jovens e mulheres, junto dos Alcoólicos Anónimos, que determinou um aumento do número de centros de ajuda.
Corpo do artigo
A garantia do anonimato é uma regra dos Alcoólicos Anónimos e, por isso, um colaborador ouvido pela TSF quis ser apresentado como "António".
Este colaborador disse que em dez anos duplicaram os grupos de apoio - há agora mais de 70 em todo o país.
No final dos ano 90, o número de mulheres que pedia ajuda situava-se nos 12 por cento, um valor que subiu para 24,3 em 2008, porque «as mulheres foram perdendo o medo tradicional de recorrer aos Alcoólicos Anónimos», disse "António".
O estigma não é o mesmo de outros tempos e os hábitos de consumo de álcool também mudaram. Por isso, chegam cada vez mais jovens às reuniões dos Alcoólicos Anónimos.
"António", que recentemente encontrou uma jovem com 17 anos num grupo, alertou que é muito comum homens e mulheres com idades inferiores a 30 anos pedirem ajude, algo que era «impensável há 15 ou 20 anos».
Nessa altura, a idade média passava dos 45 anos. Agora, é bem mais baixa, embora os dados mais recentes estejam a ser trabalhados.
Outra mudança tem a ver com a forma de contacto: quando antes era o telefone o meio mais usado, agora todos os dias são recebidos pedidos pela Internet.