Cadeira de sonho? Rui Tavares chega ao Parlamento a prometer "legislatura diferente"
O deputado promete um mandato "para as pessoas" e "contra as desigualdades".
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Depois de muita insistência, Rui Tavares vai sentar-se, finamente, numa das cadeiras do plenário da Assembleia da República (AR). Em declarações à TSF, o deputado garante que o lugar no Parlamento "não é a sua cadeira de sonho". "Os meus sonhos não têm nada a ver com política, mas acho que devo ao meu país" o trabalho na AR.
Rui Tavares lembra que foi uma criança que "cresceu numa aldeia do Ribatejo" e se não fosse a escola pública e a União Europeia "não teria feito o que sempre sonhou fazer, como historiador e professor". Rui Tavares sublinha que, por vezes, "é preciso sair da nossa zona de conforto para travar batalhas importantes". "Se queremos que Portugal saia da cepa torta e esta seja uma legislatura diferente, temos de dar o nosso contributo a um país e a um regime democrático que nos deu muito", acrescenta.
O deputado e fundador do Livre admite que a primeira eleição para o Parlamento, com Joacine Katar Moreira, "não foi o que desejavam", e garante que "vai trabalhar para que não seja necessária uma terceira oportunidade".
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"Hoje serão já apresentadas duas resoluções: para que a AR declare Vladimir Putin responsável por crimes de guerra, e que Portugal participe na investigação junto do tribunal penal; e um primeiro projeto de resolução para a criação dos três C"s, de casa, conforto e clima".
Rui Tavares explica que o partido quer utilizar o financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência para adaptar as casas às temperaturas das diferentes estações do ano. Questionado sobre a relação do Livre com as restantes bancadas à esquerda do Parlamento, sobretudo o Bloco de Esquerda, por quem foi eleito deputado em 2009, Rui Tavares garante que serão "naturais e de convergência".
Ainda assim, o Livre "é um partido diferente de todos os outros" e, no caso da guerra, "não olha a conveniências táticas", numa clara referência ao PCP.