Calor previsto para fim de semana leva Proteção Civil a destacar cinco mil operacionais
Comandante operacional nacional deu conta de um reforço de meios nos próximos dias.
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A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) vai reforçar todos os meios de alerta, nos próximos dias, para acautelar as consequências da subida das temperaturas e de outros eventos meteorológicos. A situação que justifica este alerta foi descrita esta quinta-feira pelo segundo comandante nacional Miguel Cruz.
"Vamos ter um incremento do perigo de incêndio por força de uma corrente de leste que nos trará, de certa forma, um aumento da temperatura associado também a um aumento da intensidade do vento no quadrante leste. No sábado e, sobretudo, no domingo teremos também alguma estabilidade atmosférica com probabilidade de ocorrência de trovoadas, que é sempre um fator de preocupação, uma vez que, se não ocorrer precipitação, podem originar ignições. De acordo com a informação do IPMA, os distritos serão essencialmente no interior e região sul, com especial incidência nos distritos de Beja e Faro. Essas serão as zonas onde as temperaturas vão subir com maior incidência e onde há maior incremento do perigo de incêndio", explicou Miguel Cruz.
No terreno vão estar mais de cinco mil operacionais.
"O dispositivo especial de combate a incêndios florestais vai ser incrementado para nível amarelo e será feito um reforço de âmbito nacional com três grupos de reforço de combate a incêndios florestais, dos corpos de bombeiros, que serão localizados no distrito de Vila Real, Castelo Branco e Faro. Além de um reforço dos meios permanentes da força especial de Proteção Civil, com meios nos distritos de Castelo Branco, Braga, Guimarães e Santarém e de unidades de intervenção da Guarda Nacional Republicana", afirmou o comandante.
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Em conferência de imprensa, que decorreu esta tarde na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o 2.º comandante operacional nacional, Miguel Cruz, deu conta de um reforço de meios nos próximos dias, numa altura em que estão em perigo máximo de incêndio seis concelhos dos distritos de Castelo Branco, Santarém e Faro.
Em causa estão os concelhos de Proença-a-Nova (Castelo Branco), Vila Nova da Barquinha, Tomar (Santarém), Loulé, São Brás de Alportel e Tavira (Faro).
A Proteção Civil, nesta situação, destaca as principais medidas preventivas.
"O uso de fogo e todas as atividades que possam originar ocorrência de ignições são proibidos, nomeadamente a realização de queimadas e a utilização de maquinaria nos espaços florestais onde o risco seja muito elevado e máximo. Pedimos especial cuidado na utilização deste tipo de equipamentos e utilização de fogueiras para confeção de alimentação e outras atividades que as pessoas pensam que não originam ignições, mas depois acabam por originar por situações de alguma negligência", acrescentou Miguel Cruz.
Seis concelhos dos distritos de Faro, Santarém e Castelo Branco estão esta quinta-feira em perigo máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O IPMA colocou também vários concelhos dos distritos de Faro, Évora, Beja, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Guarda, Lisboa, Leiria, Coimbra, Viseu, Vila Real e Bragança em perigo muito elevado e elevado de incêndio.
O perigo de incêndio vai manter-se elevado em algumas regiões do continente pelo menos até segunda-feira devido à previsão de tempo quente, prevendo-se temperaturas máximas entre 30 e 35 graus Celsius, com valores mais elevados, da ordem de 40 graus, na Beira Baixa, vale do Tejo e interior do Alentejo.
A ANEPC determinou a passagem ao Estado de Alerta Especial (EAE), nível Amarelo, para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), entre o período compreendido entre as 00h00 horas do dia 10 e as 23h59 do dia 14 de junho, para todos os distritos do continente.