Presidente da câmara madeirense, Carlos Teles, ameaça avançar com processos-crime contra autores das notícias que diziam que a autarquia estava a par a situação.
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Numa altura em que o dono do restaurante, a câmara municipal da Calheta e o governo regional da Madeira têm trocado acusações quanto à responsabilidade do desabamento de uma escarpa, que no sábado, provocou a morte de uma mulher de 23 anos, o presidente da autarquia madeirense admite recorrer à justiça:
"A câmara reserva-se o direito de processar criminalmente todas as declarações e falsos testemunhos que têm sido levantados contra a autarquia sem razão absolutamente nenhuma. Para nós, o importante não são os atos de cada um, mas aquilo que a família, neste momento, está a sofrer."
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As palavras de Carlos Teles surgem depois de uma notícia do Diário de Notícias da Madeira, que esta segunda-feira, cita um estudo geológico que alertou para a necessidade de uma intervenção urgente e afirma que a câmara e o governo regional estavam avisados para o perigo.
"O estudo que foi feito pelo promotor de um empreendimento que, eventualmente, será construído naquela zona, foi feito por imposição legal da câmara municipal, até porque o plano diretor municipal assim o obriga. Esse projeto não tem nada a ver com o sítio onde ocorreu esta tragédia".
Em conferência de imprensa, o presidente da câmara da Calheta acusou ainda o dono do restaurante de ter travado uma intervenção, numa situação problemática.
"Temos acompanhado aquela escarpa ao longo dos anos e sempre deu problemas. Muitos estudos, muitos projetos foram feitos e várias intervenções foram feitas. Segundo aquilo que me foi informado, não oficialmente, na altura, há sete anos, não foi feita nenhuma intervenção naquela zona exatamente porque o proprietário não autorizou que fossem feitas essas intervenções", garantiu.
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