A medida é uma resposta à falta de equipamento.
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A Câmara de Bragança está a pedir ajuda a costureiras, alfaiates, modistas e a quem tenha material de costura para que possam construir máscaras, em tecido, para proteção individual. Estas máscaras servirão principalmente para a população rural e têm uma particularidade: podem ser reutilizáveis.
"É uma resposta à falta deste equipamento de proteção" diz o presidente da Câmara. Hernâni Dias acrescenta que desde a meia-noite o mail da autarquia e os telefones não tem parado. "Já tivemos dezenas de pessoas que manifestaram a sua total disponibilidade para colaborarem connosco, mesmo fora do concelho e até de Lisboa nos ligaram para ajudarem."
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A autarquia conjuntamente com uma pequena empresa de confeções já começou este fim-de semana a produzir as máscaras de pano e ainda hoje entregará as primeiras a uma instituição da cidade.
Estas máscaras servirão também para as pessoas mais idosas do meio rural e de uma forma indireta pretende-se diminuir a pressão que existe sobre os outros materiais que são essenciais nos hospitais. Hernâni Dias acrescenta que esta máscara, que terá duas camadas de tecido, tem uma outra vantagem. "Elas são reutilizáveis. É preciso é, depois de utilizada, fazer o processo de as colocar a uma temperatura entre os 70 e os 90 graus, fazer uma lavagem, para que a máscara fique outra vez pronta para utilizar".
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O presidente da Câmara de Bragança acredita que o exemplo chegará a todo o país. "Creio que esta iniciativa não ficará dentro da área geográfica do concelho de Bragança e chegará a vários pontos do país porque vale a pena dar o nosso contributo para ajudar à proteção".
A todos os que se voluntariarem, a autarquia oferece o tecido e os moldes. As máscaras serão gratuitas.