Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo alerta para falta de mão-de-obra nos Açores
Empresas estão com "dificuldade em preencher vagas urgentes para os quadros de pessoal e admitem a necessidade urgente de contratar pessoal, abrindo a possibilidade de empregar funcionários externos à região".
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A Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) alertou esta quarta-feira para a falta de mão-de-obra, salientando que os empresários das ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa, nos Açores, estão com "dificuldade em preencher vagas urgentes".
Em comunicado de imprensa, a CCAH adianta que, segundo as respostas a um inquérito realizado aos empresários daquelas três ilhas, as empresas estão com "dificuldade em preencher vagas urgentes para os quadros de pessoal e admitem a necessidade urgente de contratar pessoal, abrindo a possibilidade de empregar funcionários externos à região".
Segundo os resultados do inquérito, 81% das empresas pretendem "contratar pessoal qualificado, metade das quais no imediato". Marcos Couto, presidente da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, adiantou que a falta de mão-de-obra se sente em muitos setores de atividade.
"Essencialmente mesa, bar e serviço de quartos, dentro da hotelaria e restauração. Depois encontrámos dificuldades tão distintas como mecânica, operários agrícolas, canalizadores ou eletricistas", explicou Marcos Couto à TSF.
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Na nota, a CCAH refere ainda que "quase um terço dos empresários" disse ser "pouco exequível a contratação local", sobretudo devido à "ausência de candidatos qualificados ou com experiência", mas também devido ao "desinteresse manifestado pelos candidatos em relação às funções exigidas".
"Dada esta dificuldade, praticamente 70% admite contratar no exterior da região. Os empresários apontam a formação profissional e intensiva como possível solução para a melhoria da situação atual", acrescenta a CCAH.
O inquérito foi realizado no mês de agosto e teve respostas de 44 estabelecimentos das ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa: 46% dos estabelecimentos da área do comércio, 18% da restauração, 13% da hotelaria e outros 13% da indústria.