São 20 anos ao serviço da democracia, que permitem ao telespectador acompanhar de perto os trabalhos no Parlamento.
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Há 20 anos, a 18 de setembro de 2002, nascia o canal Parlamento (ou ARTV). Um canal televisivo que permite aos portugueses acompanhar, a partir de um ecrã, os trabalhos na Assembleia da República (AR) e a fiscalização ao Governo.
Em entrevista à TSF, o coordenador do canal, Francisco Feio, lembra que, no início, a ARTV começou "com câmaras na sala do plenário", pouco depois foram instaladas câmaras numa sala de comissões, "porque se achou que era suficiente". As reuniões "alargadas e internacionais", na sala do senado, obrigaram à instalação de mais meios, mas ainda longe do que se conhece hoje.
"Temos câmaras em dez salas de comissões e no auditório António de Almeida Santos, no edifício novo, além do plenário e do senado. Temos ainda a hipótese de transmitir uma reunião online, em qualquer parte do país ou do mundo", explica.
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O canal Parlamento começou com três trabalhadores, hoje trabalham nas instalações da ARTV onze pessoas, e a evolução da tecnologia também permitiu dar passos em frente, das cassetes ao digital.
"Passámos das gravações tradicionais, com o armazenamento de cassetes, e temos cerca de 12500 cassetes armazenadas, para um arquivo digital que é muito mais funcional e nos permite recuperar conteúdos mais depressa", indica.
No cabo a emissão é 24 horas por dia, e na TDT funciona entre 10 a 12 horas por dia, de segunda a sexta-feira. Na internet, não há limites, e com acesso a todo o arquivo do Parlamento.
"Uma das coisas que acontece na televisão tradicional é que as pessoas têm de ver o que estamos a dar. Neste caso, na internet, as pessoas podem escolher entre as várias reuniões que estão a ocorrer, e podem consultar o nosso arquivo quando querem. Ou seja, fazem a sua própria emissão", sublinha.
A pandemia foi um dos momentos críticos para os trabalhadores do canal, que teve de se reinventar para continuar a transmitir, mesmo quando os deputados fiscalizavam o Governo a partir de casa. A transmissão fez-se a partir de plataformas digitais, como o Skype.
E, quanto a queixas de telespectadores, em 20 anos, Francisco Feio reconhece que houve algumas: "Não pela forma, mas pelo conteúdo".
"Recebia, mas não pelo trabalho técnico do canal, mas pelo conteúdo. Aí tinha de dar o contacto do grupo parlamentar para fazerem as queixas. Nós não controlarmos o que os deputados dizem",
São 20 anos ao serviço da democracia, que permitem ao telespectador acompanhar de perto os trabalhos no Parlamento.