Cancro do pulmão: Governo remete para daqui a um ano decisão sobre criação de programa nacional de rastreio
Em declarações à TSF, a secretário de Estado da Saúde assume também o compromisso de alargar estes rastreios aos cancros da próstata e do estômago
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O Governo quer avaliar primeiro os resultados dos projetos-piloto, um no Porto e outro em Cascais, para o rastreio do cancro do pulmão. Só depois, assume na TSF a secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, pensar-se-á no compromisso de existir um programa nacional de rastreio a esta doença.
"Temos de avaliar se há ganhos para a população com estes projetos-piloto. Havendo ganhos para a população com estes pilotos, é para avançar. A avaliação é feita ao fim de um ano e depois é desenhado como vai ser. É completamente diferente desenhar um rastreio para cobertura nacional do que trabalharmos com estes projetos-piloto", explica à TSF Ana Povo, sublinhando que "ainda não é consensual que os programas devam avançar com cobertura a nível nacional".
A secretária de Estado da Saúde adianta que o Governo vai "pedir à Direção-Geral da Saúde para se pronunciar em termos normativos técnicos" e admite que os rastreios podem ser alargados aos cancros do estômago e da próstata.
"Se aquilo que nos disserem for para fazer projetos-piloto, então, cá estaremos para avançar. Contudo, queremos ter primeiro estes dois projetos-piloto a avançar plenamente para depois olharmos para os restantes, do estômago e próstata", acrescenta.
Ainda assim, garante a governante, só daqui a um ano é que haverá uma decisão sobre a criação de um programa nacional de rastreio ao cancro do pulmão, depois dos dois projetos-piloto criados no Porto e em Cascais.