Cansada e com uma queimadura solar, jovem resgatada do mar pode ter alta em breve
Diretora do serviço de pediatria do Hospital de Faro saudou a qualidade dos primeiros socorros prestados pelos tripulantes do navio que recolheu a jovem a 45 quilómetros da costa.
Corpo do artigo
A jovem resgatada este domingo do mar depois de 20 horas à deriva ao largo do Algarve tem uma queimadura solar de primeiro grau na pele, mas do ponto de vista clínico "está bem, consciente e pode falar e conversar". A informação foi avançada pela diretora do serviço de pediatria do Hospital de Faro, que acrescentou que esta "deverá ter alta brevemente, mas agora está muito cansada".
Elsa Rocha considera que foram determinantes os primeiros socorros que terão sido prestados ainda no navio mercante que recolheu a jovem a 45 quilómetros da costa.
TSF\audio\2023\04\noticias\17\maria_augusta_casaca_jovem_resgatada_hospital_faro
"Ela não entrou [no hospital] nem com hipotermia, nem com desidratação", revelou. "Foi um trabalho multidisciplinar e o pré-hospitalar foi muito importante", acrescentou Elsa Rocha.
Embora esteja ainda em observação nas urgências de pediatria, e a tomar medicação para as dores que a queimadura solar provoca, a jovem será transferida ainda esta segunda-feira para uma enfermaria.
Elsa Rocha considera que este caso deve fazer repensar os meios de salvamento e a forma como se vai para o mar." Há que deixar duas mensagens: a primeira é a de que é preciso repensar o alargamento do período da época balnear no Algarve, porque faz a diferença em termos de segurança de todos nós", sublinhou.
A segunda, referida pela médica, é ainda a de que é obrigatório que, "em todos os desportos aquáticos, deve ser utilizado um equipamento de proteção".
Quando foi andar na prancha de stand up paddle por volta das 20h00 de sábado, a jovem trazia vestido apenas o biquíni e não envergava nenhum colete salva-vidas.
"Este foi um caso de sucesso", sublinhou a médica. Mas podia não ter sido.