Na Eurovisão, muitos países abdicaram da sua soberania linguística e quebraram uma barreira europeia. "A Opinião" de Bagão Félix sobre o futuro da língua inglesa na UE.
Corpo do artigo
No seu espaço habitual de comentário na TSF, às quartas-feiras, António Bagão Félix falou esta semana sobre a Eurovisão.
Isto porque, dos 42 países representados no festival, mais de metade (28) cantaram em inglês. "É língua franca da globalização, o latim do século XXI", mas também mostra como "a ideia do sucesso efémero, para ganhar um festival de canções, é superior à ideia da soberania linguística, elemento essencial do ADN de cada país."
Depois do Brexit a língua inglêsa vai perder poder na União Europeia? o economista acredita que não. Sem o Reino Unido nenhum dos 27 países terá como língua nativa única o inglês - apenas é língua cooficial em Malta e na Irlanda - mas esta continuará a ser instrumento de trabalho, defende.
As 24 línguas da União Europeia são "uma barreira ao livre pensamento e igualdade de oportunidades", considera Bagão Félix."É uma das das razões porque há dificuldades de nível cultural, comportamental e linguísticos".
TSF\audio\2018\05\noticias\16\opiniao_bagao_felix