Presidente socialista considera "absolutamente delirante dizer que temos um governo marcado pela ideologia comunista" e que líder do PSD terminou o congresso "sem uma única proposta concreta"
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O presidente do PS, Carlos César, acusou, ao início da tarde, Rui Rio de ter feito "um discurso de congelador" e de fazer afirmações "delirantes" com "inverdades sucessivas". No final da intervenção de encerramento do congresso do presidente social-democrata, em Viana do Castelo, em declarações aos jornalistas, César não poupou nas críticas ao líder do principal partido da oposição.
"O líder do PSD acabou de fazer um discurso do congelador, dizendo tudo aquilo que poderia ter dito em 2015", afirmou o presidente socialista, considerando que o social-democrata, "naquilo em que foi inovador, atingiu em algumas fases o delírio".
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"É absolutamente delirante dizer que temos em Portugal um governo marcado pela ideologia comunista e também são inverdades sucessivas dizer-se que este governo partilha de uma situação em que o crescimento não cresce, em que as exportações não crescem, em que não se pensa no futuro, quando acabamos justamente de aprovar um orçamento do Estado muito referenciado num conjunto de medidas que têm muito a ver com os nossos jovens", sustentou o presidente do PS e antigo presidente do governo regional dos Açores, que chefiou a delegação socialista ao congresso do PSD acompanhado por José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, e Miguel Alves, da Federação de Viana do Castelo do partido.
Para Carlos César, "os rendimentos das famílias aumentaram, as nossas empresas estão mais fortes, as contas públicas foram equilibradas e o prestígio do nosso país no exterior é algo que é reconhecido e muito salientado por todas as instituições internacionais".
Na avaliação global que faz da reunião magna social-democrata, que culminou com a intervenção do líder, César lamentou o que apelidou de "mais do mesmo" e ausência de propostas novas.
"O que é lamentável é que se acabe um congresso sem uma única proposta concreta. Eu desafio os jornalistas a encontrarem uma proposta nova que tenha constado hoje do discurso do líder do PSD", sublinhou o presidente socialista, acrescentado: "temos pena que o PSD ande para trás em vez de acompanhar este movimento de renovação que está a ser empreendido pelo governo".