
Carlos César, presidente do Governo Regional dos Açores
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O presidente do Governo Regional dos Açores duvida que o universo de residentes na região seja tão elevado como apontam os cadernos eleitorais.
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Carlos César considera que a «falta de qualidade» dos cadernos eleitorais nos Açores vão demonstrar uma abstenção nas eleições regionais de 14 de outubro que não vai corresponder à realidade.
«Não é credível que tenhamos um universo de residentes na região tão elevado como apontam os nossos cadernos eleitorais. Este processo tem alguns vícios na sua formação, portanto haverá uma abstenção real e uma abstenção exponenciada pela falta de qualidade desses cadernos», afirmou Carlos César.
O presidente do Governo Regional, que falava em Ponta Delgada após uma audiência com dirigentes da Comissão Nacional de Eleições (CNE) referiu que o problema dos cadernos eleitorais «não são uma competência da administração regional».
Em resposta Jorge Miguéis, representante da Administração Interna na CNE alegou que «os eleitores fantasmas são um fenómeno que não existe», explicando que desde 2008 o recenseamento eleitoral em Portugal é feito de forma automática, constando a residência indicada no título de identificação civil.
O presidente da CNE, Fernando Costa Soares, afirmou que a preocupação da comissão é que as eleições decorram com civismo, que todas as candidaturas tenham igual oportunidades e contribuir para a diminuição da abstenção nas ilhas.
Fernando Costa Soares admitiu já ter recebido queixas informais de candidaturas, acrescentando que a CNE já fez uma missão pedagógica junto de presidente de junta de freguesia para ultrapassar situações anómalas.
Nas eleições regionais de 2008, estavam inscritos 192853 eleitores mas participaram no apenas 90030 votantes, o que corresponde a uma taxa de abstenção de 47 por cento.