Carlos Cruz, condenado a sete anos, considerou que foi vítima de uma «monstruosidade jurídica» e frisou que o que se passou esta sexta-feira é o ponto de partida para uma luta.
Corpo do artigo
Em conferência de imprensa no Hotel Altis, em Lisboa, após conhecer a condenação de sete anos no processo Casa Pia, Carlos Cruz falou num «erro judicial que ficará definitivamente nas páginas mais negras da história daquilo que devia ser o valor máximo e o alicerce acima do qual se constrói a sociedade de um país»
«Acabo de assistir a qualquer coisa que diria que seria um pesadelo», afirmou, acrescentando, contudo, que o que se passou esta sexta-feira «é um ponto de partida para uma luta». «Sem provas da minha culpa fui condenado», defendeu.
Carlos Cruz afirmou que «sem qualquer fundamento» foi acusado de «factos que não aconteceram», de estar em sítios que «não frequentou» e de estar com pessoas que «não» conheceu, num julgamento «de preconceito».
Carlos Cruz disse ainda que «nem o Spielberg teria imaginação para construir uma história destas» e fez saber que vai publicar no seu site o processo, onde «há nomes de cidadãos ligados à política».
O antigo apresentador de televisão entende ainda que «a opinião publica conhece apenas parte de depoimentos, não é totalmente informada».
«Não sou cobarde, luto pela verdade e não tenho medo de me prejudicar», reforçou o ex-apresentador, para quem há muito tempo não existe o processo Casa Pia, mas um «processo Carlos Cruz».
«Faço votos para que a parte boa da Justiça vença a parte má» e «vou começar uma luta para provar a minha inocência e melhorar a Justiça em Portugal», repetiu.
«Sinto-me muito assustado» porque «aquilo que me aconteceu pode acontecer a qualquer cidadão», alertou.