Ao tomar posse com secretário-geral da UGT, Carlos Silva lembrou que o Executivo tem de dar sinais de que quer dialogar na concertação social e pediu que este mude de políticas.
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O novo secretário-geral da UGT pediu ao Governo para que chegue à concertação social com ideias bem definidas e voltou a rejeitar o caminho de mais austeridade.
No seu discurso de posse, Carlos Silva voltou a dizer que a UGT está disponível para o diálogo, mas que lembrou que o Executivo tem de dar sinais de que quer realmente dialogar na concertação social.
O novo líder da UGT, que foi eleito este domingo com 89 por cento dos votos, frisou a necessidade de o Executivo mudar de políticas, devendo apostar no crescimento económico e no emprego, ao mesmo tempo que se reforça o investimento público e privado.
Ao lembrar que as «enormes conquistas do mundo sindical estão hoje mais distantes no tempo e na essência», Carlos Silva reconheceu que é difícil «mobilizar os desanimados, os oprimidos e os abatidos, designadamente o milhão de portugueses desempregados», metade dos quais são jovens.
«Mas, é sobretudo por isso, que este será o dia em que afirmaremos uma vez mais as nossas posições. Façamos deste dia uma vez mais uma vez mais um marco histórico», acrescentou Carlos Silva, numa referência ao 1º de maio.
O novo líder da UGT, pedindo perdão aos que dele possam discordar, reiterou também a ideia de que a sua central sindical «deverá estar sempre do lado dos trabalhadores», algo que definiu como «superior interesse nacional» dos sindicalistas.
Carlos Silva prometeu ainda uma aproximação à CGTP, uma vez que entende que é preciso uma maior ligação entre as duas centrais sindicais porque a situação do país a isso obriga.