Carminho, Emma Stone e Ferrari marcam o arranque do Festival de Veneza
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Ainda se fala nos canais do Lido da velocidade elegante de Ferrari, o novo filme de Michael Mann, um misto de devoção ao desporto de automobilismo e à essência do ícone, neste caso o lendário Enzo Ferrari, homem de negócios, romântico incorrigível e visionário. É um filme que terá agradado à maioria da crítica e que poderá estar na corrida para os Óscares.
Entretanto, o seu ator principal, Adam Driver, contava à imprensa que o luxo de Veneza não é o seu elemento, estar aqui era algo que nunca sonhou. Um ator que não esquece Portugal e mandou cumprimentos a Joana Ribeiro, a sua musa no Don Quixote, de Terry Gilliam.
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Mas o melhor filme do festival é mesmo a loucura surreal de Pobres Criaturas, do grego Yorgos Langthimos, onde vemos Carminho a cantar fado numa Lisboa de fantasia com pastéis de nata e elétricos por cima das fachadas da baixa. Uma história de apetite sexual demente com significados de empoderamento feminino. Se não houver golpes de teatro, Emma Stone terá de vencer a Taça Volpi de melhor atriz, ela que voltará a estar sob as ordens de Lanthimos em And, filme já concluído.
Sob o signo da desilusão é Basterden, de Nicolaj Arcel, épico dinamarquês sob a conquista rural dinamarquesa há dois séculos. Enxurrada de clichés que tem o tema do preconceito radical como bandeira para uma ponte com a contemporaneidade. Cinema nórdico quase só com códigos de Netflix...
