Carneiro recupera palavras de Pedro Nuno sobre dívida: "Pagar o que devemos é essencial"
À chegada à Comissão Nacional do PS, José Luís Carneiro saudou a subida da notação de risco da República Portuguesa pela Moody's, com palavras de elogio para Fernando Medina e para António Costa.
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"Pagar o que devemos é essencial." As palavras são de José Luís Carneiro e seguem diretamente para Pedro Nuno Santos, lembrando que há 12 anos, em 2011, o agora candidato afeto à ala esquerda atirou com um "os alemães que se ponham finos ou não pagamos a dívida".
À chegada à Comissão Nacional do PS, José Luís Carneiro saudou a subida da notação de risco da República Portuguesa pela Moody's, apesar da crise política, com palavras de elogio para Fernando Medina e para António Costa. José Luís Carneiro salientou que "essa confiança é fundamental" para manter o caminho de "valorização dos rendimentos e dos salários".
"Sempre aprendi, desde criança, que pagar o que devemos é mesmo essencial. E, portanto, o país ser reconhecido em termos internacionais como um país de grande credibilidade nas contas públicas, é fundamental para enfrentarmos o quadro absolutamente exigente que vamos ter no futuro", acrescenta.
José Luís Carneiro foi um dos primeiros a chegar à Comissão Nacional do PS. Já tinha à espera uma mão cheia de apoiantes, entre os quais, a deputada Maria da Luz Rosinha.
A Comissão Nacional do PS reúne-se este sábado e ficará marcada pela aprovação do novo calendário para as eleições internas, mas também por uma ausência. Pedro Nuno Santos não tem assento no órgão, ao contrário de José Luís Carneiro e de Daniel Adrião, que vai confirmar a candidatura perante os militantes.
É o tiro de partida para a sucessão do ainda secretário-geral e, ao contrário do habitual, a declaração de António Costa, na abertura da comissão nacional, vai decorrer à porta fechada, sem a presença de jornalistas. José Luís Carneiro vai marcar presença (é membro do secretariado nacional), já Pedro Nuno Santos não tem lugar no órgão do partido, depois de se ter demitido de todos os cargos quando deixou o Governo.