Carris aprova estudo sobre passe único em Lisboa mas pede atenção aos operadores
O presidente da Carris considera que um passe de transporte único, que abranja os 18 concelhos da Grande Lisboa, é vantajoso para os clientes mas salienta que é importante não esquecer os operadores.
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"O utente passa a ganhar porque vê a sua vida simplificada em termos da forma como utilizar os transportes e aquilo que pagará por ter um passe multimodal", disse Tiago Farias, acrescentando que "é preciso também analisar em termos dos operadores como é que depois serão distribuídas as receitas e as necessidades de financiamento para tal".
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) lançou em novembro um estudo sobre os impactos da criação de um passe intermodal que abranja as empresas de transporte rodoviário, ferroviário e fluvial.
"Estes estudos são importantes não só olhando para a rede e os operadores que estão a servir a área de Lisboa, mas igualmente pensar, e que também é missão para a AML, que rede é que pretendemos para que seja mais funcional em termos globais", disse o presidente da Carris.
Tiago Farias frisou que há uma "desconectividade não só em termos tarifários mas em termos de toda a rede", cabendo à Área Metropolitana de Lisboa analisar e propor soluções, mas o presidente da Carris disse que é importante não esquecer como dar resposta a um possível aumento de utentes
"Aquilo que está neste momento em termos de utente que torna difícil o funcionamento em pleno é haver desconectividade, não só em termos tarifários mas em termos de toda a rede. E é missão da Área Metropolitana de Lisboa analisar os dois porque senão pode depois não haver uma capacidade de dar vazão a todo o sistema. E é também esse aspeto que aguardo com expectativa e qual será a análise que a Área Metropolitana de Lisboa faz em termos da sua visão integrada de toda a rede de transportes".