Carta Municipal de Habitação de Lisboa é "uma oportunidade para investir como nunca ninguém investiu"
À TSF, Carlos Moedas explica que está previsto um investimento de 800 milhões de euros para a habitação em Lisboa. Esta Carta Municipal de Habitação integra, pela primeira vez, os bairros do concelho e prevê o apoio à renda para famílias carenciadas.
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A Carta Municipal de Habitação de Lisboa vai estar, esta quarta-feira, em cima da mesa da reunião da autarquia. Trata-se de um plano que, para os primeiros dez anos, prevê um investimento no valor de 800 milhões de euros. Em declarações à TSF, Carlos Moedas adianta que a verba está garantida, falta apenas lançar a consulta pública e aprovar o documento.
"São 800 milhões de euros e eu próprio assinei pela minha mão 560 milhões de euros desses 800 milhões. É uma oportunidade única com o dinheiro europeu. Estamos a falar de muito dinheiro do PRR e, portanto, é uma oportunidade para investir como nunca ninguém investiu na habitação. Aliás, a prova é que, só neste mandato, já investimos e já entregamos mais de 1172 chaves de habitação, o que compara com a década de 2010 a 2020, em que muito pouco foi feito", afirma Carlos Moedas.
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A carta municipal de Lisboa integra, pela primeira vez, os bairros do concelho, prevê o apoio à renda para famílias carenciadas, faz o diagnóstico do setor e estabelece metas.
"A Carta Municipal de Habitação põe todos os objetivos daquilo que é a nossa construção nova, aquilo que é a reabilitação das 2000 frações que estavam devolutas em Lisboa e que já recuperámos quase 400, como é que vamos apoiar, no curto prazo, o subsídio à renda", explica.
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O autarca de Lisboa adianta que o objetivo para este ano é apoiar "pelo menos 1000 famílias". "Já temos mais de 500 famílias, às quais nós pagamos um complemento para conseguirem pagar a renda. Ou seja, alguém que tem um rendimento muito baixo e que cuja renda é mais de um terço do seu rendimento, nós pagamos a diferença", acrescenta.
O documento vai ser apresentado esta quarta-feira na reunião da câmara municipal de Lisboa, para aprovação do início do processo de consulta pública. O autarca Carlos Moedas espera que seja consensual.