Os documentos desapareceram há anos da Câmara Municipal de Beja, andaram pelo estrangeiro e foram agora apreendidos de novo em Portugal, onde se encontravam na posse de particulares.
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A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu um códice factício de 165 documentos manuscritos régios, datados dos séculos XVII a XIX, que se encontravam na posse de particulares, em Beja.
Os documentos em causa são cartas, escritas entre 1632 e 1806, enviadas em nome do "Rei", do "Príncipe", do "Infante" e da "duquesa de Mântua" e que estão endereçadas a figuras ilustres da cidade de Beja.
Em comunicado, a Polícia Judiciária dá conta de que as cartas foram apreendidas "depois de terem sido levantadas dúvidas, pela Câmara Municipal de Beja, relativamente ao seu eventual descaminho do espólio do Estado".
A TSF apurou junto da diretoria do Sul da PJ que os documentos desapareceram há largos anos da Câmara Municipal de Beja, andaram pelo estrangeiro e agora foram apreendidos na mesma cidade, onde se encontravam na posse de particulares.
A investigação ainda está em curso e, até ao momento, não foram constituídos arguidos no caso. Segundo a PJ, os documentos irão agora ser alvo de perícia, no Laboratório de Polícia Científica, para que se determine a sua autenticidade.
A TSF já pediu esclarecimentos à Câmara Municipal de Beja.