
Carvalho da Silva no Fórum TSF
TSF - Tiago Brandão
O ex-líder da CGTP reafirmou, no Fórum TSF desta segunda-feira, o alerta para os perigos que pairam sobre o movimento sindical.
Terminados os 25 anos a frente da CGTP, Carvalho da Silva confessou que não se sente desiludido nem frustrado quando olha para o passado, mas muito satisfeito com o progresso alcançado.
Contudo, mostrou-se inquieto com o futuro e com as pressões e as «fortíssimas ameaças» que pairam sobre o movimento sindical.
Quando se fala na «crise do sindicalismo» em Portugal, «alguns têm mesmo a leviandade de colocarem o sindicalismo como uma coisa ultrapassada e fazerem ataques lineares» ao sector, disse.
Carvalho da Silva acrescentou que «se os sindicatos forem encostados à parede, o descalabro da sociedade vai ser muito maior do que imaginamos», sobretudo numa época de crise mundial.
Se os sindicatos ficarem sem «espaço de intervenção mínimo», vincou, «as desigualdades e o aprofundamento de violências» podem representar um «perigo muito grande».
O ex-secretário-geral da CGTP destacou, ao defender que os sindicatos são organismos vivos, que não há nenhuma família política actual que se tenha estruturado ou que tenha nascido antes da afirmação do sindicalismo.