O líder da CGTP-IN defendeu que, com excepção de Jorge Sampaio, a «continuidade» sem olhar aos «problemas concretos» das pessoas.
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«Para além da dimensão conceptual do discurso do dr. Jorge Sampaio, não há aqui uma mensagem que pegue nos problemas concretos», afirmou Carvalho da Silva aos jornalistas no Palácio de Belém, onde decorreram as comemorações oficiais do 25 de Abril.
Para o líder da central sindical CGTP, «aquilo que as pessoas estão a viver, aquilo que é a dimensão ínfima da protecção social, do salário mínimo, de grande parte das retribuições que colocam as pessoas com problemas, isso não foi falado» nos discursos do Presidente, Cavaco Silva, nem dos seus antecessores, nomeadamente Mário Soares e Ramalho Eanes.
Carvalho da Silva apontou apenas no discurso do ex-Presidente da República Jorge Sampaio uma mensagem que fugiu à «continuidade».
«Há aqui uma comemoração que realça muito a dimensão institucional, numa lógica muito de continuidade. Houve um outro apelo a uma mudança, em particular, uma mudança até radical, por parte da concepção que o doutor Jorge Sampaio aqui trouxe, mas não mais do que isso», sustentou Carvalho da Silva.