Esta sexta-feira, foi a segunda sessão de repetição da parte do julgamento da Casa de Elvas. O tribunal, das 60 testemunhas propostas, até agora, só aceitou quatro.
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Durou menos de uma hora o anúncio do coletivo de juízes, que recusou todas as testemunhas arroladas por Carlos Silvino e Gertrudes Nunes. Para já, aceitou ouvir apenas quatro das 60 pessoas propostas pelos arguidos.
Por decidir está ainda a audição de algumas das vítimas, pedida por Carlos Cruz. O arguido propôs 16 testemunhas e o tribunal aceitou hoje que sejam ouvidas três.
Ricardo Sá Fernandes, advogado de Carlos Cruz, disse que estes depoimentos «procuram demonstrar que nos locais onde dizem que houve abusos circulavam outras pessoas, o que torna pouco razoável dizer que este foi o local recatado que os arguidos escolheram para terem estes encontros sexuais».
Uma visão diferente tem o advogado que representa as vítimas. Miguel Matias diz que aceita a decisão do tribunal, mas sublinha que não vê relevância em ouvir mais testemunhas.
Para a próxima sessão, dia 24 de setembro, está marcada a audição. O tribunal já agendou sessões até o dia 22 de outubro.
Os advogados acreditam que o julgamento vai ser rápido.