Cascais Dinâmica diz que dívida da Sevenair é superior ao mencionado. Voos suspensos até serem "assumidas responsabilidades"
Em comunicado, a empresa municipal reitera a existência de uma dívida e garante que isso mesmo já foi confirmado pela Sevenair no final do ano passado
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A Cascais Dinâmica insiste que o valor em dívida pela Sevenair é superior ao mencionado pela empresa. A ligação aérea entre Bragança e Portimão está suspensa e só será levantada quando "responsabilidades" forem assumidas, garante esta segunda-feira a empresa que faz a gestão do aeródromo municipal de Cascais.
"A Cascais Dinâmica reafirma que se encontram suspensos os serviços de três, das seis empresas (grupo Sevenair) que operam no Aeródromo de Cascais, por falta de pagamentos de forma reintegrada em que o serviço prestado mais antigo e não pago data de início de setembro de 2023. Sendo que o valor em dívida é superior ao mencionado pela Sevenair", lê-se num comunicado enviado às redações, em resposta às acusações da empresa.
No mesmo comunicado, a Cascais Dinâmica garante que a dívida já foi assumida pela empresa e cita um e-mail da secretária-geral do grupo, com conhecimento do presidente e administrador, Carlos Amaro: "Quanto às taxas de assistência em escala solicitamos a emissão de fatura à Sevenair Handling Unipessoal, LDA., NIPC 508805309, bem a emissão da nota de crédito respetiva à Sevenair, S.A. para procedermos à liquidação do valor de €132.471,95 nos mesmos moldes (pagamento em três prestações)."
A empresa que faz a gestão do aeródromo municipal de Cascais adianta ainda que este e-mail é referente a 30 de dezembro de 2024 e surge "no seguimento de várias correspondências trocadas sobre a forma como pretendiam pagar a dívida".
"No entanto, apenas cumpriram com a 1ª tranche a 31 de dezembro de 2024. Após vários contactos da nossa funcionária, numa tentativa de recebermos a 2ª tranche, sem sucesso, no dia 19 de fevereiro 2025 houve novas interpelações às empresas do Grupo Sevenair, quanto a dívida e com pedido de liquidação imediata em face de incumprimento de acordo, informando que disponham de oito dias após os quais, e continuando a verificar-se o incumprimento, os serviços seriam suspensos."
Face à situação, a Cascais Dinâmica refere que está a ser preparado um comunicado com a reação do autarca Carlos Carreiras.
A Sevenair acusou este domingo o presidente da câmara de Cascais de ordenar a suspensão dos serviços do Aeródromo de Cascais à operação da linha área Trás-os-Montes/Algarve, visando “paralisar os voos” a partir de segunda-feira. Em causa está um valor de 107 mil euros que, segundo o administrador Carlos Amaro, não pode ser cobrado, porque se refere a um serviço de handling que a Sevenair nunca usou no aeródromo de Cascais.