Caso de roubo de polvo e champô «não tem dignidade» para ir a tribunal, diz Rui Rangel
Rui Rangel mostrou-se contra este tipo de processos e disse que nem merece que se «gaste duas folhas de papel A4 no tribunal» com este caso.
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O presidente da Associação dos Juízes para a Cidadania considerou que o caso do sem-abrigo que roubou um polvo e um champô de um supermercado «não tem dignidade» para ir a tribunal.
Ouvido pela TSF, Rui Rangel mostrou-se a favor do combate à morosidade que entende ser o «maior cancro da descredibilização e da desconfiança da Justiça junto dos cidadãos» e condenou a existência deste tipo de processos.
Para este juiz-desembargador, este caso nem merece que se «gaste duas folhas de papel A4 no tribunal». «Apenas se devia arranjar a essa pessoa um emprego, medidas de solidariedade social e não julgá-la em tribunal», concluiu.