Coordenadora do Bloco de Esquerda esteve esta quinta-feira de manhã no Fórum TSF, em direto a partir da estação de metro da Trindade, no Porto.
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Sem nunca dizer se está disponível para uma nova geringonça com o Partido Socialista, a coordenadora do Bloco de Esquerda afirma que está pronta para trabalhar com todos.
"O Bloco de Esquerda precisa de mais força", diz Catarina Martins, para quem um bom resultado é conseguir pôr em prática o programa do partido. "Queremos que seja possível uma legislação do trabalho que faça subir os salários, que seja possível responder aos trabalhadores por turnos, dar acesso a pensões dignas a quem trabalhou toda uma vida", explica.
Sem nunca dizer claramente se está disponível para formar Governo com o Partido Socialista, a coordenadora do Bloco afirma que não quer ir para o Executivo só por ir.
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"Ninguém está a espera que vamos para o Governo fazer a política de outro partido, nós no parlamento fizemos leis e ainda bem".
Catarina Martins afirma que aprendeu muito nos últimos quatro anos.
"Parou-se este caminho para conseguir um caminho diferente. E é responder aos interesses do país responder por quem aqui vive, é responder ao interesse dos país aumentar o salário mínimo todos os anos", afirma.
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No Fórum TSF desvalorizou as críticas feitas durante a campanha eleitoral, de que o Bloco de Esquerda é um empecilho e afirma que isto só mostra o trabalho do partido.
"Fomos um empecilho quando alguém quis congelar ou cortar pensões e ainda bem que foi possível descongelar e fazer o aumento, fomos um empecilho quando houve um acordo com o antigo conselho de administração da Caixa para que não tivessem que apresentar os seus registos de interesse e património ao TC e o Bloco não aceitou. Somos uma democracia, ninguém está acima da lei", relembra.
O combate à corrupção é uma das prioridades do Bloco de Esquerda.
"Há uma porta giratória entre o poder político e o poder económico, que é não é só de deputados, ministros e secretários de Estado, mas de decisores chamados nos gabinetes, nas administrações das empresas públicas. Achamos que quem tem o poder de fazer negócios tão grandes com o que é de todos tem de ter todo o escrutínio para saberemos quais são os seus interesses e património".
Já a partir de janeiro, a coordenadora do Bloco defende que o valor do salário mínimo deve ser de 650 euros para o setor público e privado e com um aumento de 8% ao ano.