A porta-voz do Bloco de Esquerda é uma das figuras que marcaram 2015. À TSF fala das expectativas para o próximo ano.
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Catarina Martins assumiu há um ano uma liderança unipessoal do Bloco de Esquerda, depois de ter repartido o cargo com João Semedo. Passou em quase todas as provas - conseguiu a maior votação de sempre do Bloco, foi elogiada pelos pares e pelos opositores, e foi decisiva na viabilização de um governo PS, com o apoio das esquerdas.
Num olhar para 2016, a porta-voz do Bloco de Esquerda fala de um ano que quer que seja de "conquistas porque, pela primeira vez, o que está em cima da mesa é a recuperação de rendimentos do trabalho, salários e pensões, e não o corte, como até agora", garante Catarina Martins.
Ouvida pela TSF, a líder bloquista defende que 2016 terá de ser um ano de "reposição de apoios sociais", dando como exemplo o Complemento Solidário para Idosos ou o Rendimento Social de Inserção que, sublinha, são "essenciais" para o combate à pobreza nos idosos e na infância.
Catarina Martins diz ainda que o ano que vem tem "riscos inerentes" a uma "dívida pública elevada, a uma Europa autoritária e a um sistema financeiro muito debilitado".
Fazendo a retrospetiva do ano de 2015, a porta-voz do BE sublinha que o Bloco de Esquerda foi "uma força que cresceu", assinalando as eleições legislativas como "o marco deste ano" e o acordo alcançado com o Partido Socialista como um projeto para "parar o empobrecimento no país".
"2015, tendo sido um ano muito difícil, acaba com uma série de alterações que, esperamos, possam vir a dar novas condições para o futuro em 2016, como a aprovação do fim da sobretaxa, a reposição de salários da função pública e outras matérias", afirma Catarina Martins, que adianta ainda que o "arrastar" de algumas situações na banca tornar o final de ano "amargo", depois de um ano com algumas "conquistas importantes".