O chefe de Estado considera que esta reforma deve ter a participação das chefias militares e «ser objeto de um consenso alargado entre os diversos órgãos de soberania».
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O Presidente da República apelou para que a reforma das Forças Armadas tenha o maior consenso possível e lembrou que este tipo de consenso é fundamental em tempos de dificuldade.
«Quaisquer reformas nas Forças Armadas devem basear-se num processo de responsabilidade e decisão política envolvendo necessariamente as chefias militares e ser objeto de um consenso alargado entre os diversos órgãos de soberania», explicou Cavaco Silva.
Nas comemorações do 10 de junho, o chefe de Estado pediu que as «decisões a tomar devem ser encaradas num horizonte temporal mais alargado de modo a evitar a prazo o enfraquecimento do desempenho e da capacidade operacional das Forças Armadas».
«Como afirmei há um ano, a diminuição da capacidade de capacidade de produzir segurança pode acarretar riscos não desprezáveis para o desenvolvimento e para o bem-estar social», adiantou.
Cavaco Silva, também chefe supremo das Forças Armadas, considera que a instituição militar «deve encontrar uma renovada proximidade e um claro sentido de utilidade» junto das populações.
Desta forma, segundo o Presidente da República, poder-se-á «evitar um indesejável afastamento e eventual incompreensão do verdadeiro significado da sua existência».