O Presidente da República defendeu as «importantes reformas» que têm vindo a ser feitas na área da Defesa Nacional. Nas cerimónias militares do 10 de Junho, Cavaco Silva não esqueceu a participação portuguesa em missões em várias partes do mundo.
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O Presidente da República defendeu a continuação das «importantes reformas que têm vindo a ser conduzidas no âmbito da Defesa Nacional» no sentido de se criarem «estruturas mais ágeis e eficazes».
No âmbito das cerimónias militares do Dia de Portugal, Cavaco Silva mostrou-se ainda a favor da «reestruturação em curso das carreiras militares» para que esta garanta a «permanência de quadros altamente especializados na instituição e a captação de novos voluntários para o preenchimento das necessidades do Sistema de Forças».
«No cenário de contenção orçamental em que vivemos, o melhor aproveitamento das valências e capacidades existentes nas Forças Armadas, ao evitar a duplicação de estruturas e meios, permitirá libertar recursos indispensáveis à defesa nacional», acrescentou.
Em Viana do Castelo, Cavaco explicou ainda que «uma política de defesa nacional adequada, moderna e eficiente implica organizar melhor as diferentes responsabilidades, clarificando e ordenando competências e evitando duplicações e buscando eficácia, racionalidade e economia de meios».
O chefe de Estado não esqueceu a participação nacional em missões no Afeganistão, Kosovo, Chade e Líbano, ao firmar que estas traduzem o «natural cumprimento do compromisso de solidariedade» e concorrem directamente para a «afirmação de Portugal no mundo e para a segurança do espaço em que vivemos».
«Infelizmente, a abrangência e o carácter multifacetado das ameaças e a incerteza quanto à sua localização tornam necessária uma maior vigilância e uma acrescida capacidade de intervenção, razão pela qual o carácter expedicionário das forças, sendo embora decisivo, não dispensa a vertente da dissuasão do poder militar», concluiu.