O chefe de Estado afirmou que os parceiros sociais estão empenhados em cumprir o acordo de concertação social, mostrando-se confiante na manutenção de um clima de coesão social.
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Questionado sobre as declarações do secretário-geral da UGT, João Proença, que na terça-feira ameaçou denunciar o acordo de concertação social se o Governo continuar a não o cumprir, adiando as medidas para o crescimento e o emprego, o chefe de Estado não respondeu diretamente à pergunta, preferindo sublinhar o diálogo social que tem existido em Portugal.
«Congratulo-me com o diálogo social que tem ocorrido em Portugal, tal como me congratulo com os resultados que esse diálogo conduziu, em particular a assinatura de um acordo que permite sublinhar a vontade dos diferentes parceiros sociais e do Governo de executar o programa de ajustamento que assumimos com as instâncias internacionais num clima de paz e de coesão social», afirmou Cavaco Silva.
Sublinhando estar «convencido que esse clima irá manter-se no futuro porque os diferentes parceiros estão empenhados em cumprir aquilo a que se comprometeram quando assinaram o chamado acordo de concertação social», o Presidente da República destacou ainda a importância do diálogo e da concertação social na Europa e em Portugal.
A este propósito, o chefe de Estado recordou que desde a aprovação do Tratado de Maastricht que de uma forma muito clara se incluiu nas normas a necessidade de manter «um diálogo constante entre empregadores, entre empregadores e sindicatos e as diferentes instituições europeias».