O Presidente da República afirmou que "a zona do Euro irá sobreviver com a mesma força que teve no passado" já que apesar de acreditar que a Grécia não vai sair, se isso acontecer ainda ficam 18 países.
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"Eu penso que o Euro não vai fracassar, é uma ilusão o que se diz. A zona do Euro são 19 países, eu espero que a Grécia não saia, mas se sair ficam 18 países", respondeu Cavaco Silva aos jornalistas em Paços de Ferreira, à margem da quinta jornada do roteiro para uma Economia Dinâmica.
Na opinião do Presidente da República, "a zona do Euro irá sobreviver com a mesma força que teve no passado" e foi perentório: "Quanto a isso eu não tenho dúvidas, mas é bom não especular". "Agora existem países que querem aderir à zona do Euro. Ainda há pouco tempo os países bálticos fizeram tudo para integrar a zona do Euro e estão muito satisfeitos com a zona do Euro", acrescentou.
O Presidente da República espera ainda que os "gregos acabem por regressar à mesa das negociações", considerando que tal será benéfico para a Europa e que um incidente financeiro grego não afetará significativamente o crescimento económico português.
"Eu espero bem que os gregos acabem por regressar à mesa das negociações. É meu convencimento de que isso será benéfico para a Europa no seu conjunto, também para Portugal e para a Irlanda, e será benéfico para a Grécia. Há muito tempo que pensava que pela forma como os negociadores gregos estavam a atuar as coisas iam acabar mal. Mas eu formulo votos para que a Grécia volte à mesa das negociações e continue a ser um país do Euro em pleno direito", disse Cavaco Silva aos jornalistas em Paços de Ferreira, à margem da quinta jornada do roteiro para uma Economia Dinâmica.
Na opinião de Cavaco Silva "algum contágio ocorrerá a toda a zona do Euro, não apenas a Portugal, mas neste momento a União Monetária tem instrumentos que permitem enfrentar um incidente financeiro grego muito melhor do que aquilo que aconteceria há dois anos", acreditando que "o crescimento económico português não será significativamente afetado". "Gostaria que houvesse um entendimento. Acreditar é coisa diferente", respondeu.