O Presidente da República questionou hoje a razão por que analistas e políticos dizem que a dívida portuguesa não é sustentável, considerando que essa atitude é «masoquismo».
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«Surpreende-me que em Portugal existam analistas e até políticos que digam que a dívida pública não é sustentável», afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas durante uma visita de Estado que está a realizar desde terça-feira à Suécia.
Sublinhando que os próprios credores, a comissão, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Europeu dizem que «é sustentável», Cavaco Silva questionou por que são os próprios portugueses, que são os «devedores», a dizer que não é sustentável. «Só há uma palavra para definir esta atitude: masoquismo», afirmou.
O chefe de Estado reafirmou que está convencido de que Portugal não vai precisar de um segundo resgate, mas voltou a mostrar curiosidade em relação ao Orçamento do Estado.
Na sua intervenção, o Presidente da República insistiu ainda que as eleições locais têm «uma interpretação local», sublinhando que Portugal deve ser «uma país normal» e seguir essa regra, assim como os governos devem cumprir os seus mandatos até ao fim.