O Presidente da República dá a entender satisfação por Governo ter acautelado as situações mais extremas no corte do subsídio de Natal.
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«A minha preocupação está com aqueles que, por não terem rendimentos suficientes, não pagam qualquer imposto extraordinário. São desempregados, pessoas que se encontram em situação de exclusão social, doentes crónicos e famílias de baixos rendimentos», afirmou o Presidente da República à margem da inauguração de um novo complexo da Santa Casa da Misericórdia em Torres Vedras.
Cavaco Silva escusa-se a responder quando lhe perguntam se este corte de 50% no subsídio de Natal era inevitável. Essa justificação, o chefe de Estado atira-a para o ministro das Finanças.
Questionado depois sobre se o imposto pode ter efeitos recessivos, Cavaco põe a tónica na necessidade de promover o crescimento da economia através do aumento da produtividade e das exportações.
«A nossa economia só pode crescer pela via do aumento das produção de bens que concorrem com a produção estrangeira. Nesse sentido, todas as acções que se desenvolvam devem ser avaliadas sobre os efeitos na competitividade das empresas e no emprego», disse.
E acrescenta:«Tenho apelado ao aumento da nossa capacidade exportadora e substituição de importações».
Área que escapa ao novo imposto, já que este vai incidir sobretudo sobre o poder de compra dos portugueses. Cavaco insiste assim que a economia não pode crescer à base do consumo interno.