No arranque da visita aos EUA, onde se vai encontrar com Barack Obama esta quarta-feira, Cavaco Silva disse ir empenhado em «corrigir a imagem um pouco distorcida» que existe de Portugal.
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A visita do Presidente da República assenta sobretudo em duas frentes: diplomacia política e económica.
Cavaco Silva chega aos EUA com uma missão na bagagem: «afirmar Portugal pela positiva».
A ideia do Chefe de Estado é mostrar Portugal «como país credível, respeitado e que é capaz de ultrapassar as suas dificuldades». Cavaco Silva quer também «corrigir a imagem um pouco distorcida que às vezes se projecta» do país nos Estados Unidos.
O Presidente da República sublinha que conhece bem os «artigos e as análises que aparecem em jornais de referência» e que criam essa imagem «distorcida» de Portugal.
Na diplomacia política, o encontro desta quarta-feira com Barack Obama está no topo da agenda.
«Terei oportunidade de abordar vários assuntos, como a crise financeira na zona do euro, a execução do programa de assistência financeira a Portugal e, com certeza, abordaremos também os temas que estão neste momento sobre a mesa do Conselho de Segurança das Nações Unidas», disse Cavaco Silva.
É precisamente no Conselho de Segurança da ONU que é dado o pontapé de saída da visita. O Presidente da República faz uma intervenção ao lado de Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, e só depois segue para Washington.
Nestes seis dias nos Estados Unidos, haverá ainda tempo para calcorrear Silicon Valley com empresários portugueses.
«O objectivo desta componente económica é apresentar Portugal como um país de inovação tecnológica, que merece ser olhado com oportunidades de investimento», justificou.
Na página da diplomacia económica, o Chefe de Estado quer pôr os empresários norte-americanos a olhar para Portugal e estreitar as relações entre os dois países.