
Cavaco Silva
Global Imagens/Álvaro Isidoro
Cavaco Silva anunciou também que vai pedir uma moção de confiança do Governo no Parlamento.
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O Presidente da República disse hoje que, não tendo sido possível um compromisso de salvação nacional, a melhor alternativa é a continuação em funções do Governo «com garantias reforçadas de coesão e solidez da coligação partidária até ao final da legislatura».
«Na minha Comunicação ao País, apresentei, com toda a clareza, as razões pelas quais considero que, no atual contexto de emergência nacional, a convocação de eleições antecipadas não constitui uma solução para os problemas que Portugal enfrenta», afirmou, numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém.
«Assim, não tendo sido possível alcançar um Compromisso de Salvação Nacional, considero que a melhor solução alternativa é a continuação em funções do actual Governo, com garantias reforçadas de coesão e solidez da coligação partidária até ao final da legislatura», disse.
Nesta sua intervenção, o chefe de Estado anunciou também que vai pedir uma moção de confiança ao Governo no Parlamento.
«Os partidos da coligação apresentaram ao Presidente da República garantias adicionais de um entendimento sólido para alcançar estes objetivos e a informação de que o Governo irá solicitar à Assembleia da República a aprovação de uma moção de confiança e aí explicitará as principais linhas de política económica e social até ao final da legislatura», afirmou Cavaco Silva.
Nesta declaração Cavaco avisou também os partidos que «nunca abdicará» de nenhum poder constitucional
«Quero afirmar aos portugueses que, se o atual Governo se mantém em plenitude de funções, o Presidente da República nunca abdicará de nenhum dos poderes que a Constituição lhe atribui», afirmou Cavaco Silva, no final da sua comunicação ao país.
O chefe de Estado salientou que «a garantia de governabilidade e o exercício das competências constitucionais de cada órgão de soberania representam o melhor sinal de confiança que devemos transmitir aos portugueses».