O local é um depósito de resíduos de construção civil.
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O fogo começou na quinta-feira passada e ainda está ativo. No dia seguinte a ter deflagrado o incêndio em Gambelas (Faro) e que se estendeu à Quinta do Lago (Loulé), os bombeiros tiveram que acudir a outro fogo que começou numas instalações de gestão de resíduos e que assumiu grandes proporções, em Vale da Venda, freguesia de Almancil. O incêndio era visível da estrada Nacional 125.
Esta ocorrência na central de depósitos de resíduos de construção civil, da empresa Inertegarve, situada a céu aberto, levou a que a Comissão de Coordenação da Região do Algarve (CCDRA)decidisse hoje suspender a sua atividade.
A CCDRAlgarve lembra que já não é a primeira vez que ali acontece um incêndio. "Na sexta-feira, em colaboração estreita com a Guarda Nacional Republicana foi notificado o proprietário", assume José Apolinário. O presidente da CCDRA, lembra que, já em Setembro de 2011, houve um incêndio naquele espaço e que, naquela altura, o depósito de resíduos, com materiais inflamáveis, levou 16 dias a arder.
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José Apolinário garante que será feita uma participação à Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT) e realizada igualmente uma avaliação da qualidade do ar. O presidente da CCDRA explica que a licença foi concedida por este organismo em 2019 com condicionantes, que não têm sido cumpridas." Foi com a garantia de realizar uma triagem e correta separação de todos os resíduos recebidos e ter as instalações adaptadas à gestão de resíduos", adianta. De acordo com José Apolinário," o proprietário tem sido muito relutante no cumprimento destas normas".
Em comunicado, a CCDR adianta que o proprietário terá de "efetuar as obras de construção necessárias à adaptação das instalações aos requisitos legais vigentes em matéria de gestão de resíduos e do regime jurídico da urbanização e edificação e de prevenção e segurança contra incêndios".
A Comissão de Coordenação assume que tomou esta medidas "após auscultação do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P., da Câmara Municipal de Loulé - Serviço Municipal de Proteção Civil e Gabinete Bombeiros Municipais e Heliporto, e, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil". Por isso, de acordo com o responsável desta entidade, está "proibida a entrada de novos resíduos" nas instalações. No local do incêndio, que continua a consumir os resíduos existentes, ainda estão meios da proteção civil.
Notícia atualizada às 15h38