A CCP ficou ainda preocupada depois de ouvir a comunicação ao país feita por Cavaco Silva. A CIP e a CAP ficaram contentes com a proposta de acordo de salvação nacional feita pelo Presidente da República.
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O líder da Confederação do Comércio de Portugal confessou ter ficado ainda mais preocupado depois de ouvir as palavras de Cavaco Silva, uma vez que não vê no imediato como será possível alterar a política económica e financeira do país.
«Ficámos bastante apreensivos, independentemente de entendermos a preocupação do senhor Presidente sobre a necessidade de acordos políticos de longo prazo», explicou João Vieira Lopes, que diz que Cavaco «não deixou ideias claras de como se pretende atuar no imediato».
Também ouvido pela TSF, o presidente da CIP adiantou que os «partidos e os seus dirigentes estão mais responsabilizados por este desafio que o Presidente da República lhes lança» numa referência ao acordo de salvação nacional proposto por Cavaco.
«É tempo de os partidos políticos abdicarem das suas agendas politico-partidárias», acrescentou António Saraiva, que diz que é preciso que o «país seja colocado à frente dos partidos e das suas agendas eleitorais».
João Machado, da CAP, entende que esta proposta de Cavaco favorece o país que está a sair do programa de ajuda financeira e «acalma os mercados» e até pode dar garantias ao Governo que resulte as de eventuais eleições de junho de 2014.
«É algo que também pode favorecer o PS, uma vez que pode ser o PS a ganhar essas eleições e portanto nessa altura terá o acordo do CDS e PSD para continuar uma política por mais algum tempo ou anos. Resta saber se os partidos estarão à altura deste acordo e desafio do Presidente da República», concluiu.