O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo afirma que a coligação com o PSD vai conseguir, nas legislativas, obter a maioria que a estabilidade no país exige.
Corpo do artigo
"É exatamente por isso que o PSD e o CDS celebraram uma coligação, depois de concluído com sucesso o ciclo de ajustamento, a pensar nessa mesma maioria, que acreditamos vamos obter, na estabilidade que o país precisa", afirmou à Lusa, assinalando que o Presidente da República mencionou o exemplo dos "países da Europa que governam com maiorias procurando a estabilidade".
Aníbal Cavaco Silva anunciou que as próximas eleições legislativas serão a 04 de outubro, um dia depois de ter ouvido os partidos com assento parlamentar, e considerou desejável que o próximo Governo disponha de apoio "maioritário e consistente" na Assembleia da República e seja "sólido, estável e douradouro", para prosseguir uma política que traga mais riqueza e mais justiça social.
Numa comunicação ao país, Cavaco Silva afirmou que cabe aos partidos a responsabilidade de negociar "uma solução governativa estável e credível" com apoio maioritário no parlamento, face à possibilidade de nenhum deles alcançar maioria.
O chefe de Estado apelou também a uma campanha eleitoral serena e com elevação, entendendo que, no momento que Portugal atravessa, é essencial preservar "pontes de diálogo" entre os partidos.
Sobre este ponto, Nuno Melo disse que, por uma "questão de princípio", o CDS-PP sempre participou nas campanhas com serenidade e elevação.
Quanto à data escolhida para as legislativas, o dirigente centrista lembrou que, apesar de não ser a preferencial dos três maiores partidos, "é boa".
Na terça-feira, PSD, PS e CDS-PP foram unânimes na preferência de 27 de setembro para a realização das eleições legislativas.
Contudo, nenhum dos três maiores partidos rejeitou a possibilidade de 04 de outubro.