O partido lembra que "a saúde dos portugueses está primeiro" lugar.
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O CDS vai abster-se na votação no Parlamento da renovação do estado de emergência, de 24 de dezembro até 07 de janeiro, devido à pandemia de Covid-19. À saída da audiência desta quarta-feira com o Presidente da República, o vice-presidente centrista falou também sobre a campanha eleitoral para as Presidenciais e defendeu que esta "não deve ser feita se não houver condições para a fazer".
Em Belém, Sílvio Cervan destacou que a saúde dos portugueses "está à frente de qualquer interesse mesquinho, partidário ou até, eventualmente, muito legítimo", porque é "o primeiro dos valores".
O CDS-PP admitiu restrições na campanha eleitoral para as presidenciais de janeiro porque "a saúde dos portugueses está primeiro". Uma arruada "não deve ser feita se não houver condições de saúde".
Sem querer fazer "futurologia" sobre a hipótese de a campanha eleitoral para as presidenciais se fazer em estado de emergência, Cervan disse, por duas vezes, que "a saúde dos portugueses é o primeiro dos valores".
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Uma campanha inclui, por exemplo, as tradicionais arruadas, o contacto de candidatos nas ruas com a população, e nisso o dirigente centrista foi menos vago e disse claramente que não se devem fazer "se não houver condições de saúde pública para a fazer".
"A saúde está à frente de qualquer interesse mesquinho, partidário", acrescentou.
Depois, questionado sobre as condições em que o CDS aceitaria restrições, Sílvio Cervan não respondeu diretamente e sublinhou ser necessário esperar para saber quais são as condições epidemiológicas no país no início do ano, apesar de também dizer que "concorda com qualquer que seja a decisão", tendo em conta "os dados em cima da mesa" na altura.
O Presidente da República está a fazer uma ronda de audiências com os partidos com representação parlamentar sobre a provável renovação do estado de emergência até 07 de janeiro.
De manhã, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu a Iniciativa Liberal (IL), Chega, Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), CDS e PCP. À tarde, é recebido o Bloco de Esquerda, PSD e PS.
Marcelo já informou que não falará ao país sobre a provável renovação do estado de emergência até janeiro, como fez anteriormente, por ser agora candidato presidencial.
A seguir, vai consultar o Governo sobre o "muito provável" decreto de renovação do estado de emergência de 24 de dezembro até 07 de janeiro, disse o Presidente, em 10 de dezembro.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.636.687 mortos resultantes de mais de 73,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.733 pessoas dos 353.576 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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