O partido que não tem presença na Assembleia da República "saúda" que o Governo tenha voltado à boa prática do PSD e do CDS de negociar com os parceiros sociais.
Corpo do artigo
O CDS-PP reagiu este domingo ao acordo assinado entre o Governo e os parceiros sociais para "Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade" considerando que as medidas presentes no documento "são insuficientes".
O partido que, pela primeira vez, não tem representação parlamentar "saúda que depois de sete anos a desprezar a concertação social, anunciando acordos com o PCP e o BE, o PS no Governo tenha retomado a boa prática do Governo PSD-CDS até 2015 de negociar com os parceiros sociais". No entanto, aponta várias falhas ao acordo.
"Os escalões do IRS não são atualizados em 2022 tendo em conta o aumento da inflação. Este facto revela enorme insensibilidade social, porquanto impõe uma perda de rendimento significativa e, nessa medida, um forte aumento de IRS para todas as famílias este ano", começa por enumerar o CDS-PP em comunicado assinado pelo presidente, Nuno Melo.
O partido liderado por Nuno Melo condena o facto de não existir "qualquer medida de reforço da competitividade fiscal do país" e refere que "com o Governo socialista, Portugal continuará a ter a taxa de IRC mais alta da União Europeia, o que não se compreende".
"Consequentemente, o Governo penaliza as famílias e as empresas quando são mais afetadas pela economia de guerra e pelo aumento da inflação", lamenta o partido.
E conclui: "Acresce que o Governo continua a recusar reduzir o IVA temporariamente à taxa 0%, para os produtos alimentares essenciais, o que penaliza fortemente as famílias, particularmente as mais vulneráveis."