CDS-PP e BE a favor da prescrição de fármacos pelo princípio activo

No espaço da TSF "Direito de Pergunta" de terça-feira, o bloquista João Semedo acusou os médicos de escolherem o medicamento por outras razões que não as científicas.

«O que faz um médico decidir-se por uma marca ou por outra? Ninguém pode ter ilusão de que os médicos, de uma forma geral, têm os conhecimentos farmoterapêuticos sobre todas as substâncias e princípios activos que utilizam na sua prática clínica», disse.

A Ordem dos Médicos considerou a proposta do Governo um problema, uma posição que João Semedo lamentou.

Trata-se de um «caso único», porque «mesmo outros interesses muito poderosos no circuito do medicamento já aceitaram que o interesse público se deve sobrepor a qualquer interesse particular ou corporativo», referiu.

É para evitar estas dúvidas, afirmou a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro, que a nova lei muda todo o formato de prescrição.

O que está em causa é «conseguirmos que os doentes tenham acessos aos medicamentos e possam poupar», disse, frisando que o Estado também poderá poupar, «na medida em que vai comparticipar medicamentos genéricos que são mais baratos».

Até agora os genéricos eram pelo menos 35 por cento mais baratos do que os medicamentos de marca, mas «por força da medida tomada por este Governo vão passar a ser 50 por cento mais baratos do que o medicamentos originais», acrescentou a deputada.