
O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, fala aos jornalistas no final de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa (ausente da fotografia), no âmbito da Cimeira dos Amigos da Coesão, no Palácio de São Bento, em Lisboa, 30 de janeiro de 2020. MÁRIO CRUZ/LUSA
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O tema da morte assistida vai ser votado, esta semana, no Parlamento, mas Francisco Rodrigues dos Santos acredita que deve haver um referendo, mesmo que a eutanásia seja chumbada.
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Francisco Rodrigues dos Santos garante que o CDS vai continuar a apoiar o referendo à eutanásia, mesmo que os projetos de lei sobre o tema sejam chumbados no Parlamento na próxima quinta-feira.
"O CDS procura que todos os portugueses, sobretudo os que têm elevadas responsabilidades políticas e estão sentados no Parlamento, votem a favor da vida, do humanismo e de um Estado que cuida e não que mate", sublinhou o novo líder centrista.
Contudo, independentemente do resultado na Assembleia da República e caso as 60 mil assinaturas para o referendo sejam conseguidas, Rodrigues dos Santos defende que a pesquisa popular deve avançar. "O CDS votará obviamente favoravelmente o referendo porque é necessário ouvir o país e que haja um debate que não seja apressado, seja amadurecido e esclarecedor sobre esta matéria, coisa que não está a haver", ressalvou.
Carlos César, que tinha recebido o novo líder do CDS na sede do PS, no Largo do Rato, recusa a ideia de que a questão esteja a ser colocada "à pressa", até porque "já foi colocada na anterior legislatura e já há alguns anos de debate".
O presidente do PS lembra que esta questão não está no programa eleitoral porque o partido não defende o referendo, mas sim que "cada deputado deve, segundo a sua próxima consciência, decidir".