O líder do movimento Alternativa e Responsabilidade, Filipe Anacoreta Correia, manifestou-se hoje satisfeito com o resultado «muito expressivo» da votação da sua moção global ao Congresso do CDS-PP.
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«Nunca tive uma votação tão expressiva para uma moção. Na tradição dos partidos e dos congressos, este é um resultado muito expressivo», afirmou Anacoreta Correia, em declarações aos jornalistas, no final da contagem dos votos, no XXV Congresso democrata-cristão.
A moção encabeçada por Filipe Anacoreta Correia obteve 16,6 por cento dos votos, perdendo para a moção "Responsabilidade e Identidade" de Paulo Portas, que será assim reconduzido para mais um mandato à frente do partido.
Num total de mil votantes, a moção de Paulo Portas conseguiu 820 votos e a de Anacoreta Correia 166, tendo sido contabilizados 14 votos brancos e nulos.
«É um sinal, uma pequena semente», afirmou Anacoreta Correia, afirmando que não está preocupado com «questões de sucessão», mas sim com a estratégia política.
«Não fizemos isso com nenhum calculismo de futuro ou o que quer que seja. Não nos preocupa o futuro ou as questões da sucessão. O que nos preocupa é a reforma do Estado, uma atitude mais consequente, mais comprometida e mais ousada», disse.
«Esta votação foi um sinal, até para mim bastante surpreendente, muito além daquilo que pensava», disse.
Filipe Anacoreta Correia reiterou que apresentará Luís Nobre Guedes como cabeça de lista à mesa do Conselho Nacional do CDS-PP.
Questionado sobre a disponibilidade manifestada pelo líder do CDS-PP para que Nobre Guedes integre o Conselho Nacional, Anacoreta Correia disse desconhecer se houve algum convite.
«O esforço de agregação não se faz à frente das câmaras», afirmou.