A manifestação terá um pré-aviso de greve e pretende reivindicar a integração de mais funcionários nas escolas.
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Centenas de trabalhadores não docentes são esperados numa manifestação agendada para o dia 21 de abril em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa. As reivindicações vão no sentido da integração de precários e mais funcionários nas escolas.
Um grupo de dirigentes da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, que exibia uma faixa em que se lia "Integração de todos os trabalhadores não docentes. Não aceitamos despedimentos" anunciou a manifestação à comunicação social junto a uma escola da capital, esta terça-feira.
A estrutura sindical reclama a integração, por via excecional e sem concurso, de cerca de 2 mil funcionários que reúnem as condições para a vinculação aos quadros do Estado. A informação foi prestada à agência Lusa pelo coordenador para a área da educação, Artur Sequeira.
Segundo o dirigente, há trabalhadores recrutados sazonalmente nos centros de emprego, para um ano letivo, e que asseguram necessidades permanentes nas escolas, e outros contratados à hora, por menos de três euros, "em especial para tratarem de alunos com dificuldades cognitivas".
A manifestação, a realizar a partir das 14h, terá um pré-aviso de greve para garantir a deslocação de funcionários de todo o país. No local, será aprovada uma resolução para entregar no ministério.
"Há uma promessa de integração destes trabalhadores que ainda não foi cumprida", acrescentou.
A federação queixa-se de falta de resposta do ministério a um caderno reivindicativo que entregou em fevereiro e que, além desta questão, inclui uma nova portaria de rácios que tenha em conta o tipo de escola e a localização e não apenas os números de alunos e de funcionários.
Os trabalhadores não docentes pretendem também negociar carreiras especiais e assegurar que não ficam na tutela das autarquias, ao abrigo de um processo de descentralização que contestam.
"Somos totalmente contra a municipalização, é uma desresponsabilização do poder central", declarou Artur Sequeira, defendendo que antes de qualquer transferência de competências deve ser desenvolvido um processo de regionalização.