Marcha solidária pede que não fiquem esquecidas as nove mulheres e uma criança que morreram desde o iníco do ano.
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"Quem bate em alguém, agride toda a sociedade."
"A violência não tem desculpa, tem lei."
"A culpa não é da vítima, é de quem agride."
"A violência é a arma dos medíocres."
As palavras de ordem são escritas, não entoadas. Esta é uma marcha silenciosa, tal como muitas vezes é silencioso o problema da violência doméstica.
Nove mulheres e uma criança morreram desde o início do ano vítimas de violência doméstica. Mais de 400 pessoas, saíram de casa este domingo para as homenagear.
A manifestação, convocada a partir das partiu do Marquês de Pombal, em Lisboa, e percorreu as ruas até à Assembleia da República.
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Pouco expressiva ao início, ao longo da tarde cada vez mais pessoas se juntaram à marcha, entre mulheres, homens e crianças, obrigando ao corte total ao trânsito na zona envolvente.
Entre os participantes estava Francisco Moita Flores. O antigo inspetor da Polícia Judiciária defende que é preciso agravar as penas para os agressores e encontrar outros meios de prova - por exemplo, gravações feitas através de telemóveis.
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Segundo dados do Observatório de Mulheres Assassinadas, consultados pela agência Lusa, durante o ano passado foram assassinadas 28 mulheres e "503 mulheres foram mortas em contexto de violência doméstica ou de género" entre 2004 e o final de 2018.