Centeno ficou "desapontado" com Carlos Costa e garante que "nunca pressionou ninguém"
Centeno garante ainda que o Governo "não agiu nas costas" do Banco de Portugal no caso Banif.
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Ao contrário do que está escrito no livro "O Governador", sobre o mandato de Carlos Costa à frente do Banco de Portugal, Mário Centeno garante que "não é verdade" que o Governo socialista tenha "agido nas costas" do regulador no caso Banif. O antigo ministro das Finanças admite ainda que ficou "desapontado" com o que leu.
Mário Centeno "não leu" as quase 400 páginas do livro, mas apenas onde constava a palavra "Centeno", o que foi suficiente para "encontrar coisas" que o deixaram desapontado.
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"Tinha outra ideia de como se consegue tratar a verdade", atira, numa entrevista à CNN Portugal, durante um evento da estação televisiva.
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No livro, Carlos Costa acusa o Governo socialista, principalmente o primeiro-ministro, de o tentarem pressionar para que Isabel dos Santos não fosse afastada do Banco BIC, mas revela também que o Governo, alegadamente, tratou da resolução do Banif "nas costas" do Banco de Portugal.
Questionado sobre a veracidade da afirmação de Carlos Costa, o ministro das Finanças que tratou da resolução responde em poucas palavras: "Isso não é verdade".
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Enquanto governador ou mesmo em funções governativas, Mário Centeno "nunca se sentiu pressionado" por outros elementos, "para fazer nada do que são as suas obrigações", não esclarecendo quais as funções a que se refere.
Também sobre a alegada pressão a Carlos Costa, como afirma o antigo governador no livro, Centeno garante que "nunca pressionou ninguém".
Ao contrário de Mário Centeno, o atual ministro das Finanças, Fernando Medina, garante que "não leu o livro, nem vai ler", mas admite que na obra "há um conjunto de equívocos".
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